





AMINA, o segundo capítulo do ciclo de criação "A Coleção do Meu Pai" (2023-33) parte do livro Cerromaior de Manuel da Fonseca para cogitar uma cidade
imaginária, com base num processo de criação que inclui uma antecâmara de
investigação coletiva e sessões de dança comunitária. Congrega uma equipa
intergeracional, intercultural e multidisciplinar.
Do livro Cerromaior importamos a ideia de olhar para um território em particular, neste caso a Margem Sul, um território na periferia dos centros de poder, habitada por pessoas cada vez mais diversas entre si, mas unidas por um fator comum: a opressão do capitalismo no seu longo estertor. Olhamos para o dia-a-dia das pessoas, para questões prosaicas, mas tão impactantes como a qualidade dos transportes públicos, o acesso aos
cuidados de saúde, a pobreza energética das habitações, entre outras.
Deixámo-nos contaminar por outras referências trazidas por todos os intérpretes, nomeadamente a Mesa Verde de Kurt Joss, uma peça criada entre as duas guerras mundiais para encontrar um paralelismo com os tempos atuais e que dá um macro contexto à peça; o livro Dias Úteis de Patrícia Portela, onde encontrámos a ideia de jogo e
de dispositivo da peça; as vozes e as palavras do Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, um coletivo de cantores e músicos politicamente empenhados, nascido do período revolucionário em Portugal.
O resultado destas conjugações é uma peça composta por vários jogos onde a palavra, o beat, o corpo e a manipulação de objetos transmitem uma veracidade possível deste território e o seu respetivo pulsar.
O tom da peça é cru, irónico, cínico e indignado, situando a peça fora do espartilho do politicamente correto.
A Coleção do Meu Pai – AMINA
2025
Direção artística | Cláudia Dias
Texto | Coletivo
Interpretação | Beatriz Rodrigues, Cláudia Dias, Mayara Pessanha, Roge Costa e Xullaji
Música original | Xullaji
Direção técnica e iluminação | Nuno Borda d’Água
Figurinos | Aldina Jesus Atelier
Maquete | José Borges e Mayara Pessanha
Comunicação e imprensa | Raquel Cunha
Fotografia | Alípio Padilha
Direção de produção | Lina Duarte
Produção | Sete Anos
Coprodução | Câmara Municipal do Seixal, Câmara Municipal de Matosinhos / Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, TAGV-Teatro Académico de Gil Vicente
Co-Produção em Residência | O Espaço do Tempo
Apoios | República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes, Fundação Calouste Gulbenkian
Parceria | Casa da Dança (Almada), Clube Recreativo e Desportivo de Miratejo
Media Partner | CoffeePaste
Apoio à divulgação | Antena 2, Avante!
A Sete Anos possui declaração de entidade de Interesse Cultural pelo Ministério da Cultura, Juventude e Desporto
AMINA, o segundo capítulo do ciclo de criação "A Coleção do Meu Pai" (2023-33) parte do livro Cerromaior de Manuel da Fonseca para cogitar uma cidade imaginária, com base num processo de criação que inclui uma antecâmara de investigação coletiva e sessões de dança comunitária. Congrega uma equipa intergeracional, intercultural e multidisciplinar.
Do livro Cerromaior importamos a ideia de olhar para um território em particular, neste caso a Margem Sul, um território na periferia dos centros de poder, habitada por pessoas cada vez mais diversas entre si, mas unidas por um fator comum: a opressão do capitalismo no seu longo estertor. Olhamos para o dia-a-dia das pessoas, para questões prosaicas, mas tão impactantes como a qualidade dos transportes públicos, o acesso aos cuidados de saúde, a pobreza energética das habitações, entre outras.
Deixámo-nos contaminar por outras referências trazidas por todos os intérpretes, nomeadamente a Mesa Verde de Kurt Joss, uma peça criada entre as duas guerras mundiais para encontrar um paralelismo com os tempos atuais e que dá um macro contexto à peça; o livro Dias Úteis de Patrícia Portela, onde encontrámos a ideia de jogo e de dispositivo da peça; as vozes e as palavras do Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, um coletivo de cantores e músicos politicamente empenhados, nascido do período revolucionário em Portugal.
O resultado destas conjugações é uma peça composta por vários jogos onde a palavra, o beat, o corpo e a manipulação de objetos transmitem uma veracidade possível deste território e o seu respetivo pulsar.
O tom da peça é cru, irónico, cínico e indignado, situando a peça fora do espartilho do politicamente correto.
AMINA
2025




