Sexta–feira: O fim do Mundo… Ou então não

2020

Sexta-feira é o último dos dias úteis do ciclo Sete Anos Sete Peças. Esta peça fecha um ciclo menor dentro de um ciclo maior. A seguir vem o fim-de-semana, Sábado e Domingo. A semana é inglesa. Mais ou menos: quem saberá contar as horas de trabalho dedicadas a este projeto? Imaginar os dias de descanso tornou-se um luxo. O valor do trabalho evapora-se com o ar de fim dos tempos que assombra o mundo. A ideia de fim do mundo ameaça paralisar a ação e o pensamento. Pior ainda, a ideia de fim da história faz acelerar a corrida para decidir quem será a última pessoa, quem entra e quem fica de fora da barca da história. Mas a história ainda se move, o tempo ainda avança, inexorável. Em 1947, alguns dos cientistas do Projeto Manhattan, que tinham acabado de inventar a bomba atómica, criaram, em resposta aos massacres de Hiroshima e Nagasaki e como alerta para a iminência do desterro nuclear, um relógio do fim do mundo, que marca o tempo que restaria para o apocalipse. Por exemplo, com a eleição de Trump, os ponteiros aproximaram-se mais da meia-noite. Nas contas entram a proliferação das armas nucleares, mas também as mudanças climáticas e a pandemia do Covid-19. Em 2020 estamos a 100 segundos da meia-noite simbólica. É o mais perto do fim que alguma vez o relógio marcou. Esta Sexta-feira, Cláudia Dias junta-se com os mais próximos para fechar a semana, imaginar o futuro imediato e passar a meia-noite. Talvez o fim deste mundo seja apenas o começo de um mundo novo.

Direção artística e interpretação Cláudia Dias 

Texto Cláudia Dias com colaboração de Jorge Louraço Figueira e parcialmente a partir do artigo “Capitalismo artístico: quando a arte e a cultura ocupam o centro” do autor João Teixeira Lopes 

Música e direção musical Vasco Vaz e Miguel Pedro 

Desenhos digitais António Jorge Gonçalves 

Direção Técnica e desenho de luz Nuno Borda de Água 

Vídeo Bruno Canas 

Fotografia Alípio Padilha 

Tradução Marta Prino Peres 

Assistente Técnico e Artístico Karas 

Direção de Produção Lina Duarte

 

Coprodução Alkantara, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal do Porto 

Residência de coprodução O Espaço do Tempo 

Apoio Companhia Olga Roriz, Pro.Dança 

Agradecimentos Idoia Zabaleta, Anabela Ferreira e Helder Azinheirinha – Centro Juvenil de Montemor-o-Novo/Câmara Municipal de Montemor-o-Novo

 

Sexta–feira: O fim do Mundo… Ou então não

2020

Sexta-feira é o último dos dias úteis do ciclo Sete Anos Sete Peças. Esta peça fecha um ciclo menor dentro de um ciclo maior. A seguir vem o fim-de-semana, Sábado e Domingo. A semana é inglesa. Mais ou menos: quem saberá contar as horas de trabalho dedicadas a este projeto? Imaginar os dias de descanso tornou-se um luxo. O valor do trabalho evapora-se com o ar de fim dos tempos que assombra o mundo. A ideia de fim do mundo ameaça paralisar a ação e o pensamento. Pior ainda, a ideia de fim da história faz acelerar a corrida para decidir quem será a última pessoa, quem entra e quem fica de fora da barca da história. Mas a história ainda se move, o tempo ainda avança, inexorável. Em 1947, alguns dos cientistas do Projeto Manhattan, que tinham acabado de inventar a bomba atómica, criaram, em resposta aos massacres de Hiroshima e Nagasaki e como alerta para a iminência do desterro nuclear, um relógio do fim do mundo, que marca o tempo que restaria para o apocalipse. Por exemplo, com a eleição de Trump, os ponteiros aproximaram-se mais da meia-noite. Nas contas entram a proliferação das armas nucleares, mas também as mudanças climáticas e a pandemia do Covid-19. Em 2020 estamos a 100 segundos da meia-noite simbólica. É o mais perto do fim que alguma vez o relógio marcou. Esta Sexta-feira, Cláudia Dias junta-se com os mais próximos para fechar a semana, imaginar o futuro imediato e passar a meia-noite. Talvez o fim deste mundo seja apenas o começo de um mundo novo.

Direção artística e interpretação Cláudia Dias 

Texto Cláudia Dias com colaboração de Jorge Louraço Figueira e parcialmente a partir do artigo “Capitalismo artístico: quando a arte e a cultura ocupam o centro” do autor João Teixeira Lopes 

Música e direção musical Vasco Vaz e Miguel Pedro 

Desenhos digitais António Jorge Gonçalves 

Direção Técnica e desenho de luz Nuno Borda de Água 

Vídeo Bruno Canas 

Fotografia Alípio Padilha 

Tradução Marta Prino Peres 

Assistente Técnico e Artístico Karas 

Direção de Produção Lina Duarte

 

Coprodução Alkantara, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal do Porto 

Residência de coprodução O Espaço do Tempo 

Apoio Companhia Olga Roriz, Pro.Dança 

Agradecimentos Idoia Zabaleta, Anabela Ferreira e Helder Azinheirinha – Centro Juvenil de Montemor-o-Novo/Câmara Municipal de Montemor-o-Novo

Teatro Municipal da Covilhã (Covilhã, Portugal)
S. Luiz Teatro MunicipaL (Lisboa, Portugal)
Festival Alkantara / Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa, Portugal)
Teatro Municipal do Porto (Porto, Portugal)
Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra, Portugal)

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